segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Giselle Tigre fala de sua personagem em Amor e Revolução!

FONTE: UOL

Há poucos meses, Giselle Tigre protagonizou a cena mais polêmica de "Amor e Revolução". Sua personagem, Marina, mesmo sendo heterossexual, acaba deixando-se levar pelas insistentes investidas de Marcela, vivida por Luciana Vendramini. Depois de o SBT ter adiado em um dia a sequência tão esperada para segurar a audiência, finalmente, o beijo entre as duas personagens pôde ser assistido pelo público. A repercussão tornou-se ainda maior porque este foi visto como o primeiro beijo gay da tevê brasileira. Na verdade, o primeiro beijo entre duas mulheres aconteceu em 1963, entre Georgia Gomide e Vida Alves no teleteatro "A Calúnia", de Lilian Hellman, da extinta rede Tupi.

Com tantos comentários sobre o fato, Giselle acabou lendo muitas opiniões negativas. "Não ouvi comentários ruins na rua, mas na internet tem de tudo. Algumas pessoas acham que destruí minha imagem", revela a atriz, que, ao contrário, vê seu papel de uma forma eufórica. " Se todos os meus personagens forem tão marcantes quanto esse, vou estar sempre feliz e realizada", valoriza.

Mesmo sem saber sobre o fatídico beijo quando leu a sinopse da personagem, Giselle mergulhou fundo na idéia de dar vida à relação tumultuada entre Marina e Marcela. A atriz estava até animada para gravar o segundo beijo e uma noite de amor entre as duas, mas o SBT dificilmente exibirá as cenas. De uns tempos para cá, a emissora tem evitado dar destaque às tramas homossexuais por causa da audiência mais conservadora. Para Giselle, de fato, este não é o foco do folhetim."A novela fala de assuntos muito mais polêmicos. Trazer o tema da ditadura para uma geração que não sabe o que é ter seus direitos violados é algo muito mais marcante", opina.


Na trama, Marina é diretora de um jornal em plena ditadura e, apesar de ser firme em suas convicções políticas, é uma mulher confusa quando o assunto é sua vida amorosa. "A Marina é cheia de contradições. Às vezes nem eu acredito no que ela faz quando leio o roteiro", conta a morena, que vê no comportamento de sua personagem muitos conflitos da mulher da atualidade. "Ela é independente e está em um cargo de poder. Mesmo assim, nunca está satisfeita e quer alguém que preencha todas suas expectativas e angústias. Só que ela corre o risco de querer alguém que não existe", divaga a atriz, que depois de gravar cenas fortes, ainda demora a conseguir se desligar da personagem. "Eu acabo canalizando os sentimentos da Marina. Então, eu ainda fico desnorteada por um tempo", constata.

A polêmica de seu atual papel contrasta com o jeito simples e sereno de Giselle. Graças à voz suave, estreou como atriz aos quinze anos na peça musical "Zuzu", através do Teatro de Amadores de Pernambuco. Apesar de usar um óculos "fundo de garrafa" na época, sua beleza não passou desapercebida e ela foi chamada para ser modelo. A pernambucana conseguiu, inclusive, ser uma das doze finalistas do famoso concurso "Supermodel Of The World", em 1989. Hoje, ela ainda trabalha no ramo, mas a interpretação e a música são suas verdadeiras paixões. Por isso, em 2010, ela produziu e atuou no musical infantil "Agora é Tempo", com cânticos populares conhecidos como pastoril. "Foi meu momento profissional mais feliz. Eu pude concretizar o sonho de botar no palco o folclore pernambucano e voltar a cantar", emociona-se.

Na televisão, Giselle começou fazendo "Malhação", entre 2000 e 2002, no papel da professora Linda. Apesar de ter feito participações em novelas como "Kubanacan", da Globo, e "Poder Paralelo", da Record, foi como a doce Linda que a atriz ficou na memória do público. Isso, até a morena ir para o SBT e se destacar como a ousada Marina. Agora, Giselle quer ir além. "Ainda estou aprendendo a linguagem da tevê. Mas acho que a minha cara é televisiva e eu quero muito mais. Tenho o sonho de fazer uma heroína brasileira, alguém que traga valores para as pessoas", torce.




Artistam tem um instinto ousado que falta a maioria da população, infelizmente!

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