sexta-feira, 25 de março de 2011

Refleção sobre gays!

FONTE: A CAPA

Não importa que tipo de personagem LGBT esteja presente em qualquer produto teledramatúrgico: as pessoas parecem estar condicionadas a reclamar sempre - e negativamente, claro.
Mas por que reclamam? Quando uma série ou novela é lançada, costumamos analisar os personagens, se são verossímeis, afeminados, másculos, enfim, dissecamos-os por completo. Mas o público - boa parte dele pelo menos - parece nunca estar satisfeito: se é um gay afeminado, diz que reforça preconceitos; se é másculo, é higienizado para agradar a família; se é espalhafatoso, quase travesti, nossa, aí é uma guerra.
A questão é: as pessoas, de tanto quererem ficar longe dos estereótipos, não conseguem conviver com nenhum tipo de personagem gay, seja ele qual for. A impressão é que estamos diante de uma paranoia moderna: não parecer com nada e parecer com tudo ao mesmo tempo. Será que esse drama não tem a ver com a falta de identidade? Ou será que esse incômodo com as representações gays na TV está ligado à seguinte questão: de tanto querer ficar em busca de uma identidade, esquecemos de agir com naturalidade e não lembramos que qualquer um pode ser gay ou hétero?
Dos personagens discretos aos assumidosApesar do barulho em torno dos personagens LGBT é inegável o fato de que nos últimos cinco anos os gays nas telenovelas saíram do armário. Basta analisarmos a atual novela das 21h, "Insensato Coração", escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares. No folhetim, há um personagem gay, Roni (Leonardo Miggiorin), no núcleo principal. Mas já andaram reclamando que Roni é uma bicha estereotipada...
Afinal, quem não é estereotipado? As pessoas esquecem que no dia-a-dia todo mundo vive um personagem: do executivo ao gay tresloucado. E por que nas telenovelas ou minisséries teria de ser diferente? Se justamente a construção dos personagens está baseada em tipos que permeiam o imaginário popular e do autor?
Acontece também que parte dos LGBT que critica esses tipos esquece que o mesmo acontece com os personagens heterossexuais. Novela é ficção, portanto, representação fantasiada de uma dada realidade.

Se fizermos um balanço levando em conta a primeira década deste século XXI, vamos constatar que tivemos homossexuais para todos os gostos, tanto na produção nacional quanto na estrangeira. Sem contar que tivemos os seriados "Queers as folk" e "The L Word", um ambientado no mundo gay e o outro no lésbico. Quanto a este último, a crítica dizia que estávamos diante de gays e sapatas bonitas, ricas e chiques. Porém, quem assistiu a uma das duas séries, sabe que ambas retrataram de maneira muito verossímil o cotidiano LGBT.

Esse incômodo quanto à representação da homossexualidade na televisão tem seu pé na homofobia internalizada e no machismo. Também tem uma forte ligação com a questão do binarismo de gênero, que encerra as pessoas entre homens e mulheres, héteros e homos. Talvez se a sociedade conseguisse superar as categorias sexuais e as tais identidades de gêneros, as pessoas não se incomodariam tanto com as representações televisivas em geral.

É preciso dizer que, enquanto vivemos sob o esquema binário, é ótimo que continuemos a ter personagens LGBT na teledramaturgia. Como apontado no título, ruim com eles, pior sem eles. Antes uma representação plastificada da realidade que a invisibilidade que encerra a comunidade gay no gueto e na ausência de direitos civis.

As novelas, ao lançarem o debate sobre a homossexualidade, fazem com que todas as classes sociais discutam o tema e revejam os seus costumes. É isso que faz a democracia ficar melhor e mais tolerante.







Eu penso que realmente o fato de não ter o beijo e algumas outras coisas fazem os gays na tv nacional serem um tanto irreal ou superficial, contudo isso vem mudando, talvez um começo discreto, mas um final feliz. Eu estou feliz com porque todo mundo hoje já conheceu, já ouviu falar ou sabe que existem gays e já comentaram sobre o assunto o que sempre vai gerando uma maior aceitação por ser um assunto mais recorrente!

Agora realmente, tentamos desesperadamente fugir de estereótipos e isso é muito idiota, sempre vai ter um estereótipo pra te encaixarem, porque não viver como se é e respeitar os outros como eles são? desde que um respeite o espaço do outro né!? Esse maldito espereótipo faz com que os próprios gays tenham preconceitos com os afeminados por exemplo que também são gays! Como falo muitas vezes, o ser humano faz coisas que não tem lógica!

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