Diante da avalanche de filmes com temática gay vindas da Europa e dos Estados Unidos nos últimos anos, é possível contar nos dedos quantas produções latino-americanas transitaram por esta seara. Levando em conta esta perspectiva, a produção "Contracorrente", que estreia hoje nos cinemas já chama atenção por ser de um país cuja produção cinematográfica ainda é incipiente: o Peru.
A primeira parte do filme se dedica a apresentar os conflitos vividos pelo triângulo amoroso entre Miguel (um pescador de uma pequena cidade do interior banhada pelo mar), Santiago (o "gringo" que aportou numa cidade no meio do nada para se dedicar à arte da pintura), e Mariela (esposa de Miguel, grávida de sete meses, submissa à família e às tradições religiosas).
O filme ganha justamente ao mostrar equilíbrio na definição desses personagens e do contexto social e psicológico no qual estão inseridos. O duelo interno do pescador Miguel, dividido entre a paixão por um homem (Santiago) e a obrigação de ser o "macho"; o conservadorismo de Mariela e de todos que estão ao seu redor; e o espírito libertário de um jovem cosmopolita como Santiago.
É no terço final do filme que a história perde um pouco o rumo. Com a morte de Santiago, Miguel passa a se relacionar com o espírito do namorado e o roteiro, ao mesmo tempo em que se fecha nesta história, deixa de explorar todas as suas possibilidades para entregar um final convencional. Ainda assim, "Contracorrente" é um filme que merece ser visto por apresentar uma bela história de amor dentro de um ambiente tão longe, mas ao mesmo tempo tão perto de nós.
Contracorrente estreia em
São Paulo
Unibanco Arteplex Frei Caneca – Sala 5
14h40, 17h, 19h20 e 21h40
Reserva Cultural – Sala 4
13h10, 19h40 e 21h40
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Unibanco Arteplex Botafogo – Sala 3
14h, 16h30, 19h e 21h30
Belo Horizonte
Belo Horizonte
Usiminas Belas Artes – Sala 2
15h, 17h, 19h e 21h
Porto Alegre
Porto Alegre
Instituto NT de Cinema e Cultura
13h30, 17h30 e 22h10
Esse ainda é o problema de filmes gays que caem na grande mídia, sempre um morre au algo acontece, custa ficar junto? Será que não é obvio que é isso que todo mundo quer ver!
Desculpa minha santa ignorância, mas o filme da Ana Paula Arosio - Como esquecer - ele não foi apresentado em todos os estados, alguém pode me explicar o pq? Entrei em contato com a Cinemark já tem 1 mês e nada de resposta.
ResponderExcluireh sacanagem estou tentando assistir contra corrente ha uma semana no unibanco arteplex e nao consigo ingresso a unica sala que esta isibindo o mesmo sempre lotada
ResponderExcluirALGEM PODE EXPICAR POR QUE O DESENHO RIO ESTA EM NOVENTA 40 SALAS DE CINEMA E O CONTRA CORRENTE APENAS EM UMA !
trovaoazulrj@hotmail.com
rio de janeiro