Você que quer participar da Parada Gay de São Paulo que acontece neste domingo, 26, com certeza deve ter feito a pergunta que Noel Rosa, o gênio da Vila e do samba, transformou em clássico da nossa música: “com que roupa?”
Para a Prefeitura de São Paulo que lançou através do órgão São Paulo Turismo (SPTuris), no começo desta semana, a campanha “Parada Limpa” orienta que é recomendável usar roupas discretas e nada escandalosas se for usar transporte público: "Compre seu bilhete de Metrô antecipadamente e evite o uso de fantasias mais "ousadas" nas dependências do Metrô."
Gente, e as drags, tadinhas, vão se montar onde? Debaixo de uma das pilastras do Masp (Museu de Arte de São Paulo)? E os sadomasôs, com suas calças de couro com fundilho aparente, isto é, de popozão pra fora? E a quá quá e seu shortinho de paetês? E a lelé que quiser usar terno e gravata e além disso um bigode desenhado com lápis?
Existe uma certa campanha de alerta sobre possíveis ataques homofóbicos, afinal eles já aconteceram de forma terrível nos arredores de Paradas anteriores, mas não podemos transformar isso em política do medo, a polícia deve fazer sua parte e, sim, devemos ficar mais atentos, mas os segmentos dessa enorme sigla não devem voltar e fechar os seus armários assustados. Aliás, que se abram seus closets, coloquem o que bem entender, pois a roupa diz muito sobre quem a veste e os gays sabem como ninguém usar essa máxima.
Enquanto isso, no balcão de embarque do aeroporto internacional da Flórida, nos Estados Unidos...
Temos que ser o que somos, sem medo. Se hoje podemos ter preconceito e ter que lidar com olhares tortos no futuro a nossa coragem fará com que os próximos gays tenham liberdade, então seremos lembrados como mártires!
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