domingo, 20 de fevereiro de 2011

Quem quer ser parceiro?

Domingo chuvoso aqui onde moro, surpreso fiquei que 3 convites que fiz para parcerias com outros blogs deram certo (só um que presciso confirmar o endereço do blog), aqui ao lado}}}} você já confere dois deles, inclusive publico abaixo o primeiro post do blog : É Bom Ser Gay, em um texto épico que "mata" qualquer pessoa que fale algo contra a homossexualidade, só estou esperando que coloquem lá meu link, já que devido a minha enorme habilidade em banners não consegui até agora fazer um!

É um pouco extenço eu sei, mas vale muito e muito a pena, podem imprimir, reproduzir, divulgar, textos assim o mundo inteiro devia ler!

O LADO BOM DE SER GAY E PORQUE NÃO É ERRADO SER!

Durante muito tempo eu achei que ser gay era uma maldição, um castigo, e que, de alguma forma, por gostar de pessoas do mesmo sexo, eu era doente, anormal, contra a natureza das coisas e “defeituoso”.

Demorou muito tempo e muito trabalho de autoconhecimento para eu entender que o erro não estava em mim, mas sim na maneira como a nossa sociedade é estruturada em cima do preconceito, da ignorância (que é a razão do preconceito) e de dogmas religiosos descabidos.

O preconceito - como diz a palavra: “pré” (antes) e “conceito” (idéia) – ou seja, idéia que se faz de algo antes de se ter o conhecimento sobre aquilo, é o primeiro obstáculo. Desde pequenos somos ensinados que o homem foi feito para a mulher e vice-versa, tanto pela ciência como pelas religiões.

Essa é a primeira idéia equivocada.

Não vou discutir religião aqui, pois dogma (como o próprio nome diz) ou se aceita ou não se aceita, eu não aceito. Respeito quem acredita que a Bíblia foi escrita por homens inspirados pelo chamado “espírito santo”, mas para mim foi um livro (incrível, é verdade) escrito por homens (seres humanos falhos como eu) e que ao longo de centenas de anos sofreu muitas alterações (principalmente na idade média) e erros de tradução. Portanto, em minha opinião, acho que é um livro que não pode ser levado “ao pé da letra”, mas sim entendido como uma grande história de exemplos de amor e vida.

Mesmo porque, segundo tudo o que aprendi de religião, acho que Deus se importa muito mais com o caráter das pessoas do que com suas insignificantes orientações sexuais.
Sim, insignificantes, porque, ao contrário do que muitos pensam, não se define uma pessoa pela sua sexualidade.

Em primeiro lugar somos todos seres humanos, depois somos homens ou mulheres (e sexo biológico não se altera nem com operação, porque um transexual feminino nunca terá útero e um transexual masculino nunca terá esperma), depois disso somos milhares de coisas: pais, filhos, cidadãos etc. e entre as nossas características, como: altura, idade, tamanho do calçado, peso, cor de pele, de cabelo e outras está a nossa sexualidade.

Os heterossexuais não se definem por sua orientação sexual, nenhum deles se apresenta socialmente primeiramente como tais. Porque um gay deveria fazer isso?

Aí começamos a entender certas ignorâncias: se definir apenas pela sua orientação sexual é uma postura equivocada (assim como definir os outros por sua sexualidade), pois você reduz a si mesmo ou a outra pessoa a um simples tipo de comportamento, como se este comportamento fosse o todo da vida de alguém, e não é.

A orientação sexual é UMA das características da pessoa e não a pessoa como um todo, seja qual for esta orientação.

Quanto à questão da ciência, que antes, a partir das ideias de Freud definia a homossexualidade como um “desvio” de personalidade causado por complexos gerados na criança pela não superação do seu amor e desejo sexual direcionados à mãe (no caso dos homens) e à inveja do pênis (no caso das mulheres), ela avançou muito. Aliás, que Freud me desculpe, mas essas teorias parecem realmente uma “viagem” de um cara insano ou drogado.

A ciência hoje afirma que a definição da orientação sexual se dá por três fatores preponderantes: genético, hormonal e ordem de nascimento (vejam o vídeo no final do texto), ou seja, gay já nasce gay. Isso põe um fim a todas as maluquices que se inventaram sobre gays ao longo de décadas.

Entre esses absurdos, o de que alguém pode se tornar gay se conviver com outro gay (como se orientação sexual fosse algo “contagioso”), ou que alguém se torna gay por opção ou porque não superou traumas de infância, portanto ou é pervertido, ou  desviado, traumatizado, ou doente. Nada disso é considerado verdade hoje pela medicina moderna.

A orientação sexual é entendida hoje como uma característica própria e não mutável do indivíduo, determinada antes de seu nascimento e, portanto não pode ser definida como doença e nem tratada como tal. Médicos, psiquiatras e psicólogos são proibidos pelo código de ética de suas profissões a tratarem gays ou lésbicas como doentes, ou tentarem mudar a sua sexualidade, e podem inclusive ser denunciados legalmente se tentarem isso.

A ciência descobriu também, ao contrário do que afirmam muitas religiões, que a sexualidade orientada ao mesmo sexo não se dá apenas com os seres humanos, mas também com os animais, em muitas espécies de animais foram encontrados comportamentos homossexuais, e não era por falta de fêmeas no bando, mas sim porque eles gostavam mesmo.

Então como pode a homossexualidade ser taxada de antinatural, se até no reino animal, onde não existem conceitos de moral e perversão ela acontece naturalmente?

Alguns até podem dizer: “mas você está nos comparando a animais”. Errado! Primeiro porque não é uma comparação é uma constatação do que acontece no reino animal, e depois porque somos realmente animais. Animais racionais é verdade, mas ainda (cientificamente) animais da raça humana.

Aí surge a grande pergunta: se ser gay é natural, porque algumas pessoas e religiões se incomodam tanto com esse tipo de sexualidade? No que isso interfere na vida delas? Porque se incomodam com quem os gays levam para a cama se isso é uma particularidade e uma intimidade própria de alguns indivíduos que sempre foram e continuam sendo minoria (segundo pesquisas sempre em torno de 10% da população)?

A resposta é simples: Ignorância (desconhecimento dos fatos) e Intolerância (não suportar ou aceitar aquilo que é diferente de si mesmo).

Para muitos o comportamento sexual dos gays ameaça a família (base na qual a sociedade está estruturada), o que não é verdade. As famílias continuarão a existir, mesmo com um número crescente de gays se assumindo (porque o número de gays não aumentou, o que aconteceu é que muitos se escondiam e hoje tem mais liberdade para assumir, em vez de se esconder em casamentos oportunos ou falsos celibatos).

Na verdade, não existe um argumento RACIONAL que justifique o preconceito, porque todos os argumentos existentes ou se baseiam em velhas idéias e preconceitos ou em dogmas religiosos que só servem para quem segue tais religiões, e ninguém mais.

Aí talvez você se pergunte: então, com tantas dificuldades de aceitação, porque é bom ser gay?

Pela minha experiência pessoal, e só posso falar a partir disso, ser gay é bom quando você consegue como eu consegui, separar o que é seu do que é dos outros. Que as pessoas fiquem com seus preconceitos, eu não os terei nem com relação aos outros e muito menos com relação a mim mesmo.

Outra coisa: por muito tempo desejei ser hetero apenas para poder me encaixar sem sofrimento no conceito do que os outros acham normal (vá ver no dicionário a definição de normal e depois me diga porque ela não vale nada).

Hoje sei que ser gay faz parte da minha personalidade, que é uma coisa natural em mim, que se eu fosse hetero não teria amadurecido tudo que amadureci como ser humano na tentativa de conquistar a minha paz de espírito e o respeito das pessoas.

Não tenho orgulho de ser gay (isso seria o mesmo que ter orgulho da cor dos meus olhos – é apenas uma característica minha), mas também não tenho vergonha disso, pelos mesmos motivos. Aceito naturalmente e tento educar as pessoas à minha volta para que entendam a minha orientação sexual da mesma forma que eu a entendo: como algo natural.

O que tenho orgulho é de ter lutado pelo direito a possuir e viver os meus desejos e de ter lutado igualmente para conquistar o respeito de meus familiares, amigos e colegas de trabalho, o que consegui.

Todo gay que viveu essa luta é um batalhador, uma pessoa que aprendeu a aprimorar a si mesmo a partir do sofrimento, que teve coragem de encarar a si mesmo, na busca pelo autoconhecimento, e aos outros, na busca por respeito.

Por isso acho que é bom ser gay, porque é um desafio constante (pela infindável luta contra o preconceito) e, antes de tudo, é algo natural. Fomos feitos assim pela natureza. 
 
 Quem quiser ser parceiro de A Nova Era Gay é só escrever pra mim, vamos nos ajudar por um mundo melhor, não prescisa ser apenas blogs gays, qualquer blog que tenha um dono libertário e friendly está mais que convidado!

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