sábado, 28 de maio de 2011

Segundo dados do ENEM preconceitos a homossexuais vem dimunuindo!

FONTE:UOL

Quase 13% dos meninos disseram que ficariam incomodados "se tivesse[m] como parente ou colega de escola ou de trabalho uma pessoa homossexual" -- essa informação foi retirada dos questionários socioeconômicos do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) aplicados entre 2004 e 2008. Entre as meninas, o percentual é de quase 4%. A tabulação dos dados foi feita por Josafá Moreira da Cunha e Araci Asinelli da Luz, ambos do programa de pós-graduação em educação da UFPR (Universidade Federal do Paraná).
Para a pesquisadora Claudiene Santos, da UFS (Universidade Federal de Sergipe), o fato de o grupo de meninos ser tão maior é esperado. "Tanto homens quanto mulheres são monitorados conduzidos àquanto aos seus comportamentos e atitudes, o que chamamos de heteronormatividade. Qualquer comportamento que se afaste dessa norma, é controlado, punido, e heterossexualidade, mas o cerceamento em relação às atitudes dos meninos é maior", explica. Por isso, os garotos tendem a ser mais intolerantes à presença de gays.

Discriminação homofóbica entre concluintes do Ensino Médio

Ao se observar o histórico dos dados, é possível perceber que os percentuais dos inscritos ao Enem incomodados com a presença de homossexuais diminuem. O ano com maior número de respostas positivas foi 2005, quando 16,9% dos meninos declararam preferir manter-se longe de homossexuais; a porcentagem de meninas que deram essa mesma resposta foi de 5,1%.
No decorrer do tempo, as taxas diminuem -- chegando a 12,8% entre os meninos que se sentem incomodados com a presença de gays e a 3,8% entre as garotas.
"Hoje em dia, os comportamentos de gênero são mais flexíveis: você vê time de futebol de meninas [uma atividade atribuída ao padrão masculino de ação], mas encontrar meninos fazendo balé é mais difícil, devido a questões sociais e culturais que , em geral, atribuem um gênero às brincadeiras e atitudes de meninos e meninas, mas são mais flexíveis com as meninas (por exemplo, as meninas podem andar de mãos dadas ou se cumprimentam com beijinhos, ao passo que os meninos se cumprimentam com tapinhas e xingamentos)", explica. Ela ressalta, contudo, que essa visão rígida e de oposição entre os gêneros vem mudando gradativamente.
"Hoje em dia, os comportamentos de gênero são mais flexíveis: você vê time de futebol de meninas [uma atividade atribuída ao padrão masculino de ação], mas encontrar menino fazendo balé é mais difícil", diz Claudiene. "Os meninos não podem mostrar afeto, eles se socializam na gressividade."

Segregação

O estudo analisou mais duas perguntas relacionadas ao tema: “Você já sofreu discriminação por ser (ou parecer ser) homossexual?” e “Você já presenciou discriminação contra homossexuais?”
Os homens também são maioria entre os que afirmaram ter sofrido discriminação por ser (ou parecer ser) homossexual. No ano de 2008, o percentual de respostas positivas masculinas chegou a 5,6%. Já entre os alunos que afirmam ter presenciado episódios de discriminação homofóbica, as meninas são a maioria, com 67,8% de respostas positivas em 2006, ano com maior incidência de casos.
Esse preconceito pode existir dentro e fora da escola -- no caso de aparecer dentro do ambiente educativo, é preciso analisar se docentes e direção estão preparados para trabalhar com o assunto. "Muitas vezes a escola perpetua a definição rígida dos papéis de gênero [ao estabelecer algumas de suas regras, como proibir que meninos usem brincos ou gloss]", comenta Claudiene.
"Em 12 anos de docência no ensino superior, eu só encontrei no ano passado minha primeira aluna [assumidamente] homossexual", conta Claudiene. "Eu me pergunto: onde estão os travestis e os transsexuais? Eu me preocupo a invisibilidade em que esse grupo se encontra." Isso pode significar que esses grupos -- por causa da discriminação -- não conseguem acessar a escola, a educação.




Na verdade o preconceito já está em um nível baixo, e fiquei muito feliz com o resultado dessa pesquisa!

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